projeto abrigo comunidade refugiados
Projeto Abrigo Comunidade Refugiados | Concurso público nacional de projeto de arquitetura para abrigo de refugiados
O habitar na qualidade de local que promove acolhimento, pertencimento e bem-estar para pessoas migrantes, em deslocamento forçado e em condição de vulnerabilidade no Brasil.
Para este desafio propomos habitações seguras, econômicas e acessíveis, a partir de uma arquitetura gentil, plural e simples.
Ano: 2022
A circulação atua como eixo que organiza e configura o espaço, este distribuído em área social e área íntima.
O layout definido por espaços de circulações diretas e com dimesões proporcionais, viabiliza para determinadas necessidades físicas, o mínimo de deslocamentos entre os cômodos, com finalidade de alcançar a ergonomia adequada para a maior quantidade de pessoas.
O módulo multiuso teve o layout dividido em duas partes para abrigar as atividades culturais, de socialização e de sustentabilidade. A mesa redonda móvel, em uma das partes, permite flexibilização de atividades como reuniões, estudos e almoços comunitários. Na outra parte, além de um estar mais íntimo, temos um espaço vazio a ser apropriado pelos habitantes para realização de brincadeiras infantis e lazer.
Partindo de um volume de 8×9, foram subtraídas três partes como estratégia para favorecer a ventilação e iluminação natural, através de varandas que direcionam o fluxo de vento.
Por se tratar de um terreno genérico, uma planta com formato mais quadrado permite uma ventilação mais eficiente nos dois eixos.
O telhado invertido do módulo habitacional explora a funcionalidade da ventilação por efeito chaminé.
Considerando os dados climáticos do estado de Goiás, foram adotadas soluções para manter o conforto térmico da edificação mesmo em dias quentes, garantindo ventilação cruzada e por efeito chaminé, promovendo bem estar aos usuários.
Os telhados dos dois módulos são de telha ecológica, apresentando proteção contra raios UV, baixa transmissão de calor e inclinação para captação de água da chuva, que será armazenada em uma cisterna vertical com capacidade até 1050 litros. A água captada pode servir para limpeza, irrigar a horta, e qualquer outra função em que se utilize água não potável.
O módulo multiuso funciona como um núcleo de ventilação, protegendo a fachada oeste do módulo habitacional contra raios solares. A área da horta e área da vegetação externa de proteção solar, buscam criar um microclima nos módulos e viabilizar a autossuficiência alimentar básica.
O sistema construtivo da cerâmica estrutural foi utilizada de acordo com suas vantagens com relação à alvenaria de concreto estrutural, como: maior isolamento térmico e estanqueidade contra umidade, menor emissão de gás carbônico na atmosfera e consumo de água em seu ciclo de vida, possibilidade de replicação do projeto e facilidade no treinamento de mão de obra, economia no custo final, por se tratar de um material mais leve, facilita o manuseio, transporte, descarga e armazenamento, resultando também na redução no tempo de execução da construção e maior sustentabilidade do sistema construtivo.
Para maior segurança e organização, foi criada uma área técnica de manutenção destinada para a composteira para valorização e reciclagem, transformando matéria orgânica em adubo.
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